top of page

Conheça a história de São João da Barra

São João da Barra, localizada no norte do Rio de Janeiro, tem sua história ligada ao período colonial, quando era habitada pelos indígenas Goitacás e posteriormente colonizada pelos portugueses. A região se desenvolveu com engenhos de cana-de-açúcar, pesca e pecuária, tornando-se vila em 1676, sob o nome de Vila de São João da Praia, e cidade em 1850, por decreto de D. Pedro II.

No século XIX, o município se destacou como um importante polo naval, com estaleiros e comércio marítimo, funcionando como porto estratégico para o escoamento de mercadorias, como açúcar e farinha. A cidade também abrigou consulados de Portugal, Espanha e Países Baixos, além de possuir a ferrovia Campista, inaugurada em 1895, impulsionando ainda mais o desenvolvimento econômico da região.

No século XX, a economia da cidade foi fortalecida com a instalação da Fábrica de Conhaque de Alcatrão e, posteriormente, com a descoberta do petróleo e a pavimentação da rodovia Campos x Atafona na década de 1960, o que atraiu investimentos e consolidou São João da Barra como um destino turístico. Surgiram também novas indústrias, como a Fábrica de Tecelagem Santa Amélia.

Atualmente, o município se destaca pelo Porto do Açu, um dos principais complexos portuários do país, e pela produção agrícola, sendo o maior produtor de maxixe e quiabo e o segundo de abacaxi no estado. Além disso, a pesca e o turismo são atividades essenciais, com belas praias como Açu, Iquipari, Grussaí e Atafona. Sua rica arquitetura reflete períodos históricos distintos, e a cidade preserva manifestações culturais e religiosas tradicionais, como a Semana Santa, o Carnaval e festas populares. Com uma infraestrutura voltada ao lazer, cultura e bem-estar, São João da Barra se consolida como um lugar atrativo tanto para moradores quanto para visitantes.

Conheça mais sobre São João da Barra e seus atrativos.

O rio Paraíba do Sul

Lagoa de Grussaí

Praia de Grussaí

(Pontal de Atafona)

O encontro do rio Paraíba do Sul com o oceano Atlântico, também conhecido como Pontal de Atafona, é um dos mais belos e dinâmicos do Brasil. O local proporciona experiências únicas, como banhos refrescantes, passeios de barco e trajetos a bordo do Catamarã Rio Sol. A paisagem impressiona com seus crepúsculos, aves como garças e socós, além de uma fauna aquática diversificada. O delta do rio, o quarto maior do país, é classificado como “dominado por ondas” e abriga manguezais e ilhas na foz, contribuindo para sua riqueza ambiental. Além disso, a região possui patrimônios históricos e naturais, como o tombamento pelo INEPAC e os antigos pilares de uma ponte inconclusa, tornando-se um destino fascinante para visitantes em busca de beleza e história.

Lagoa Salgada

(Açu)

A Lagoa Salgada, situada no 5º Distrito, é um geossítio de importância mundial devido à presença de rochas formadas por microorganismos. Cercada por produtores da agricultura familiar, a lagoa abriga espécies raras, como o mangue de botão e a borboleta-da-praia.

Praia de Atafona

A Praia de Atafona, no extremo norte de São João da Barra, é conhecida pela beleza de suas águas douradas e pelos fenômenos naturais que a tornam única. Suas areias contêm monazita, um mineral de baixa radioatividade, e a região é marcada pelo avanço progressivo do mar, que, ao longo de 60 anos, já submergiu diversas construções, incluindo casas, um clube social e um posto de gasolina. Apesar desses impactos, a praia também encanta com suas formações de dunas, que integram a Área de Proteção Ambiental Municipal do Campo de Dunas e Restingas, tornando-se um local de grande valor paisagístico e fotográfico.

Praia de Chapéu do Sol

A Praia de Chapéu do sol surgiu a partir de 1914 com o desmembramento de áreas de terra denominadas "Guriri"e pertencia aos herdeiros do Barão de São Fidelis, que as compraram na época da Corte do Imperador D. Pedro II de um solicitador de São João da Barra - dono de engenho e lavouras de cana-de-açúcar - os 50 alqueires geométricos situados ao norte por um conto de réis. (Escritura Pública, de 09/12/1884). Trata-se de um ambiente com as sombras das casuarinas que se estendem por toda a área da praia podendo-se descansar ou até mesmo reunia a família para um bom almoço de domingo ao estilo camping. Há também uma maravilhosa passarela de acessibilidade na praia, que é frequentada por muitos banhistas e veranistas. Ponto ideal de pesca esportiva de arraias e kite surfe. No Local possui a mais icônica construção mística e futurística da região,a Casa do Disco Voador. Supõe-se que o nome "Chapéu do Sol" tenha sido criado em virtude da grande quantidade de casuarinas plantadas em círculo por Vicente Nogueira, um usineiro da região, em seu sítio, para proteção contra o sol, e que proporcionava sombra durante o dia em formato de chapéu. Daí a localidade ficou conhecida por esse nome, e difundindo mais tarde pelos frequentadores, levando a municipalidade a adotar a denominação como oficial. No entanto, uma das primeiras moradoras do Chapéu do Sol, D. Iolanda Gonçalves, afirmou que a praia era chamada por esse nome por causa de uma grande árvore da espécie abaneiro, da restinga, que abrigava a todos do sol escaldante de verão e que tinha a sua copa e forma de chapéu. Apesar desses impactos, a praia também encanta com suas formações de dunas, que integram a Área de Proteção Ambiental Municipal do Campo de Dunas e Restingas, tornando-se um local de grande valor paisagístico e fotográfico.

Canhão da Rainha

(São João Da Barra)

O antigo canhão em estilo Manoelino chamado de “Canhão da Rainha”, teria pertencido ao donatário da Capitania da Paraíba do Sul, Pero de Góis, em 1539. Foi encontrado em 1840, na localidade de Cacimbas, ex território sanjoanense. Trata-se de uma rara peça de artilharia portuguesa, provavelmente do fim do século XV e início do Século XVI, portanto, um dos mais antigos canhões coloniais brasileiros e encontra-se hoje em frente ao Paço Municipal, na Rua Barão de Barcelos. Chama-se Canhão da Rainha por associá-lo ao início das primeiras tentativas de colonização no Norte Fluminense, em local denominado Engenho da Rainha.

Orla das Ruínas do Trapiche

(São João Da Barra)

Construção típica do período da navegação fluvial e marítima do Brasil, meados de 1855, localiza-se na mais antiga rua aberta da cidade, a Rua Beira-rio, que posteriormente foi chamada de Rua Direita e em seguida, Rua Bela Vista. Esta rua, por muitos anos foi a mais povoada. Destacavam-se quatro sobrados em estilo chalés e outras casas menores e geminadas entre si, bem a frente ao porto de rochas sobrepostas que ainda contam com grossas argolas de amarração de navios. Possui ainda hoje os três cais em pisos “Pés-de-moleque” para acesso ao rio Paraíba do Sul: o do Alecrim, da Imperatriz e do Imperador. No trapiche, uma espécie de armazém, eram estocadas muitas mercadorias que chegavam e partiam nos navios e pranchões, nos áureos tempos das Companhias de Marítimas. Os trapiches tinham seus funcionamentos regulamentados pelo Ministério da Fazenda do Governo Imperial. Particularmente em São João da Barra os principais produtos comercializados no trapiche eram a farinha e açúcar. Nas décadas de 1920 a 1940, pertenceu à firma de transportes marítimos “Araújo & Cia Ltda.”, de Joaquim e Francisco da Costa Araújo.

Indústrias de Bebidas Thoquino

(São João Da Barra)

A origem da renomada Indústria de Bebidas Thoquino remonta a uma incrível história: a receita de um tônico medicinal trazido por um marinheiro norueguês, que ficou doente durante sua estadia no porto fluvial local e foi cuidado pela família Aquino, acabou por se transformar no mundialmente conhecido Conhaque de Alcatrão de São João da Barra! Fundada em 1908 por Joaquim Thomás de Aquino Filho e sua esposa Maria Júlia Aquino, a empresa inicialmente fabricava um popular remédio chamado Cognac da Noruega. Com o tempo, devido à sua aceitação pelo público e aos relatos de melhora na saúde e curas, o produto foi rebatizado como Conhaque de Alcatrão de São João da Barra, passando a ser reconhecido como uma bebida alcoólica. Associada à alcunha de "Conhaque do Milagre", a bebida mantém sua receita original cuidadosamente preservada. A fábrica centenária localiza-se no coração da cidade, compreendendo diversos setores e galpões. A instalação inclui a Loja do Milagre, onde os visitantes podem apreciar os variados produtos e explorar o pequeno museu que narra a história da família Aquino e a produção das diversas bebidas, algumas das quais são exportadas para diferentes partes do mundo.

A Lagoa de Grussaí, de beleza singular, quase se conecta ao mar e atravessa parte do bairro de mesmo nome, criando uma paisagem encantadora. Caminhando ao redor, é possível observar peixes “barrigudinhos”, aves como as “viuvinhas” e caranguejos marias-farinha. Um passeio de barco com pescadores locais proporciona uma experiência inesquecível.

Lagoa e Praia de Iquipari

(Grussaí)

A Lagoa de Iquipari, localizada no bairro de mesmo nome, é um destino ideal para relaxar e se conectar com a natureza. Próxima à Reserva da Caruara, possui uma rica biodiversidade, com diversas espécies de aves, peixes e vegetação típica de restinga e mangue branco.

Praia de Barra do Açu

Uma das mais bonitas e históricas da região, localiza-se no 5º Distrito do município. Faz confrontações com o Porto do Açu, Lagoa do Veiga e Lagoa do Açu. Ali nota-se claramente, em curiosidade geográfica, a curvatura da costa sanjoanense rumo ao Farol de São Tomé. Historicamente há diversos registros de naufrágios naquela região e foi entrada de muitos náufragos estrangeiros no continente, em tempos pretéritos, como ingleses, espanhóis e holandeses que se miscigenaram aos nativos. Açu, na língua tupi guarani significa “coisa grande” referindo-se ao antigo afluente do rio Paraíba do Sul, o rio Iguassú, que posteriormente se separou e virou a Lagoa do Açu.

Reserva da Caruara

A maior Reserva Particular de Patrimônio Natural de ecossistema de restinga do Brasil é a Reserva da Caruara que tem sua sede em Iquipari, São João da Barra. Foi criada de forma voluntária em 2012 pela Porto do Açu Operações, com a missão de proteger, restaurar e promover a biodiversidade do maior fragmento remanescente de restinga em área privada do Brasil, por meio de ações e serviços que gerem conhecimento científico, educação e benefícios ambientais, sociais e econômicos. No local há trilhas, explicações da fauna e flora da restinga local, parcerias com o Projeto Restingaí e Parque Estadual da Lagoa do Açu bem como o Projeto Tamar. A visitação deve ser agendada e é gratuita.

Centro Cultural Narcisa Amália

Tendo sido um antigo Mercado Municipal inaugurado em de 31 de março de 1902, sua construção em alvenaria conta com telhas coloniais e baias geminadas com grades frontais, lembrando um mercado para vendas de diversos gêneros. No seu pátio interno, foi colocada uma bela ânfora com bicas d`água. Localizado às margens do rio Paraíba do Sul, antigamente era ladeado por um cais de atracação para embarcações de onde chegavam os produtos de toda a região. O mercado foi criado para atender as normas de posturas de higiene no comércio na época. Em meados do Século XX caiu em desuso, se transformando em mero depósito. Em 1992 foi revitalizado e se transformou no primeiro espaço cultural do município para abrigar o Centro Cultural Narcisa Amália, em grande homenagem a poeta Narcisa Amália. Nascida em 3 de abril de 1852, filha do poeta Jácome de Campos e da professora primária, Narcisa Inácia de Campos, foi uma das primeiras mulheres do Brasil a se destacar na imprensa profissional, na literatura e na tradução de obras estrangeiras. Em 1872, após a publicação de seu renomado livro “Nebulosas”, composto de 44 poemas, foi recebida pela visita inesperada do Imperador D. Pedro II, em Resende, que fez questão de conhecê-la pessoalmente. Hoje o local é palco para eventos culturais, peças teatrais, cursos, oficinas e exposições itinerantes. É onde acontece o lotado e rico Café Literário do município. Na parte externa anexa ao prédio pode-se admirar o busto de Narcisa Amália, em homenagem aos 100 anos de seu falecimento, em 24 de junho de 1924.

Estação das Artes Derly Machado

(São João Da Barra)

Estação ferroviária construída em 1902, primeiramente precária em táboas de madeira, teve sua reconstrução em 1907 em alvenaria, após ter sofrido incêndio criminoso. Ligava-se à localidade de Atafona e ao município de Campos dos Goytacazes através do ramal campista, que posteriormente foi adquirido pela Estrada de Ferro The Leopoldina Railway CompanyLimited&Corp. A Ferrovia foi desativa em 1962. Pelo desuso ferroviário, tempos mais tarde passou a abrigar a delegacia e o DPO do município e, em 2008, foi restaurada para se tornar a Estação das Artes Derly Machado, homenageando a ex-Secretária de Ação Social, professora e incentivadora do artesanato local. O Espaço conta com uma linda praça bem arborizada pelos fundos, com bancos e pergolados floridos de flamboyant bem como produtos artesanais feitos pelas artesãs associadas à Casa do Artesão Alcimar Bomgosto, que ficam expostos para comercialização.

Casa de Cultura João Oscar Do Amaral Pinto

(Antiga Casa de Câmara e Cadeia)

Na época colonial, o termo Câmara ou Senado era a designação das reuniões dos camaristas (atuais vereadores), considerados os “homens bons do povo”, onde o mais velho presidia as sessões e era o juiz, em muitos dos casos. Trabalhavam de graça para a Vila de São João da Praya, que havia sido fundada à 6 de junho de 1676 e as reuniões inicialmente foram na varanda lateral da igreja Matriz de São João Batista. Em 1692 deu-se início a intenção de construção do prédio próprio. Fora adquirido de D. Cecília Andrade um terreno com casa velha, em frente à igreja matriz. Contratou-se o mestre Antonio Fernandes da Silveira, quando terminou o telhado de palha em 1709. Passou por várias alterações até a colocação da pedra fundamental, em 1794 e sua construção em definitivo e mais robusta, em 1797. Um dos poucos prédios deste estilo colonial ainda conservados no Brasil, foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, em 1967. No ano de 2011 foi restaurado e entregue à população com o nome de Casa de Cultura João Oscar do Amaral Pinto, em homenagem ao grande historiador e pesquisador sanjoanense. Em 2013 foi certificado pela Herity Internacional, órgão de gestão cultural sediado em Roma. Sua arquitetura colonial remonta as pequenas fortalezas lusitanas espalhadas por suas colônias, com paredes espessas de 1,20m, preenchidas por rochas sobrepostas e coladas com argamassa de calcário, sobressaindo-se as grades entrelaçadas e reforçadas da porta e janelas do andar térreo, a conhecida prisão. No andar superior, os cômodos da Câmara, destacando-se a sala da recepção, do Senado e sala do oficial escrevente, com portas altas, janelas largas e gradil de parapeito bem trabalhados. Os figurinos lá expostos por manequins caracterizados, foram inspirados nas gravuras do artista colonial francês, Jean Batiste Debret. Existem várias histórias interessantes e bizarras sobre o prédio que são contadas nas visitas. O prédio ainda conta com adaptação de elevador interno para favorecimento de PCD’s.

Grussaí é um destino ideal para quem busca lazer e movimento à beira-mar. Com infraestrutura turística completa, oferece pousadas, quiosques no Polo Gastronômico, calçadão para caminhadas e práticas esportivas como surfe e kitesurfe. A praia faz parte da Área de Proteção Ambiental Municipal de Dunas e Restinga e conta com passarelas de acessibilidade, cadeiras anfíbias para banhos de mar inclusivos e sinalização ambiental sobre a preservação das tartarugas marinhas. Com sombras naturais das casuarinas, é um local perfeito para descanso e diversão.

Lagoa do Açu

A Lagoa do Açu, localizada no Norte Fluminense, já foi um braço do rio Paraíba do Sul, conhecido como rio Iguassú. Atualmente, estende-se paralelamente à praia de Barra do Açu, em São João da Barra, até Campos dos Goytacazes, fazendo parte do Parque Estadual da Lagoa do Açu (PELAG). Com águas cada vez mais salinas devido à desconexão com o rio Paraíba do Sul, a lagoa destaca-se pela beleza, diversidade de peixes e presença de manguezais raros, como o de botão. Em Barra do Açu, um dos acessos à lagoa, os visitantes podem admirar a estátua da grande garça branca e aproveitar carramanchões à beira da lagoa para piqueniques, apreciando um cenário deslumbrante entre lagoa e mar.

Praia Canto das Pedras

(Açu)

Formosa praia localizada no Açu, 5º Distrito, fica bem ao lado de um dos maiores portos da América Latina, o Porto do Açu. É chamada de Praia do Canto das Pedras por estar localizada bem ao lado de um extenso molhe de pedras que serve de conteção para o complexo portuário. A praia é ideal para a prática do surfe e da pesca esportiva de robalos peba e flecha, além de outras espécies. Está localizado nela a maior passarela de areia do Brasil, feita suspensa em madeiras de eucalipto. Há estacionamento no local bem como pequeno calçadão.

Rampas da navegação - Cais do Imperador, Imperatriz e Alecrim

Quando sua Majestade Imperial D. Pedro II visitou a então Vila de São João da Praia em 1847 com sua comitiva, desembarcou da sua galeota na rampa do cais feito de rochas diversas, todo em mosaico “Pé-de-moleque”. Foi recebido pelo Presidente da Câmara à época, José Alves Rangel, o futuro Barão de São João da Barra. Tanto oCais do Imperador como o da Imperatriz contam com rochas interessantes provenientes do Rio de Janeiro, como gnaisses facoidal, “a pedra carioca”, bem como a gnaisse leptinítica. É local de onde partem e chegam embarcações que fazem a travessia do rio Paraíba do Sul, principalmente o trecho São João da Barra – São Francisco de Itabapoana. Também é o porto provisório de maior catamarã da região, o Rio Sol. Vale a pena ver os detalhes das rochas com veios de granada bem como as argolas de ferro de amarração de antigos navios.

Palácio Cultural Carlos Martins

A edificação tipo “chalé” em estilo neoclássico do Século XIX, foi construído em meados de 1870, para ser a residência da família do Coronel Manoel José Nunes Teixeira, comerciante de alto trato, sócio fundador da Companhia de Navegação São João da Barra e Campos, casado pela segunda vez com D. Mariana Tinoco da Conceição. Construção de alto requinte e engenharia para a época, conta com suas estruturas colunares muito bem trancadas feitas das melhores madeiras de lei do Brasil, escadaria frontal e calçada feitas com as rochas conhecidas como “Pedras Cariocas”, as mesmas rochas que compõem o maciço do Pão-de-Açúcar e o Corcovado no Rio de Janeiro, um luxo para os de recursos à época. Após o falecimento do coronel em 1905 e da viúva em 1919, atendidos os anseios dos herdeiros sobrinhos, decidem-se na venda do imóvel pelo inventariante Dr. Arnaldo Tavares. Em 12/12/1922, o Governo do Estado adquire o mesmo, faz alterações de praxe para servir ao Grupo Escolar Alberto Torres, que funcionou por ali por quase 50 anos. Em 2008 o prédio foi totalmente restaurado e revitalizado para abrigar o Palácio Cultural Carlos Martins. Tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Artístico e Cultural – INEPAC, passou a ter o nome, em grande homenagem, do grandioso artista plástico de nossa terra, Carlos Martins.Cada sala do suntuoso prédio homenageia um vulto histórico de nosso município e há oficinas de dança, música, coral, desenho e pintura disponíveis gratuitamente para os munícipes. Há exposições permanentes e itinerantes nas vitrines, principalmente sobre o Carnaval local.

Cine Teatro São João

(São João Da Barra)

Surgido no período em que o porto fluvial sanjoanense vivia o início de sua decadência, o Teatro São João, nascido das ideias dos membros associados da Sociedade Beneficente dos Artistas, criada em fins do Século XIX, tendo à frente do Cel. Cintra, foi construído para ser palco das apresentações artísticas diversas. Inaugurado em 1906, de estilo neoclássico, antes foi um teatro e poucas décadas depois, passou a ser cinema com a importação de dois projetores alemães Nietze, que estão em exposição permanente no local atualmente. Funcionou até a década de 80, abrigando exibições cinematográficas estrangeiras e nacionais bem como inúmeros espetáculos de companhias locais e de outas cidades, mas teve seu declínio e fechamento. Em 2005 foi adquirido pelo Poder Público, sendo reformado e revitalizado. Inaugurado em 2006 com pompas de casa de espetáculos de excelência, teve como protagonista dos festejos, a presença do ator Luciano Szafir. Com ótima acústica, camarins, assentos, mezaninos, lustres e guichê de bilheteria, vale muito a visitação. Em 1914 o Cine Teatro São João recebeu para um discurso inflamado, o ex-Presidente da República Nilo Peçanha.

Explore São João da Barra e seus distritos.

bottom of page